SINOPSE
“Onde começa o nosso toque, estamos.
Estou.
Estás.
Estamos?
É uma ocupação da realidade, uma conquista.
Procura rostos conhecidos.
Titubeias carente de roce e aceitas, em ocasiões sem sucesso.
O corpo habitado.
O corpo enigma.”
IDEIA ORIGINAL
A peça EM·NA baseia-se na ideia da vibração como elemento manipulador. É uma investigação sobre a “acústica subcutânea” através da vibração e do silêncio resultante no corpo do outro.
A relação entre os intérpretes passa por diferentes estados: comprimindo, esticando, mudando o ritmo da sua própria vibração, e isso tudo partindo da sua fisicalidade individual.
A composição cénica dos corpos mostra os diferentes estados e espaços duma mesma vibração através duma fisicalidade contemporânea, nua, crua e quotidiana.
A forte presença do mundo e espirito japonês creia uma estética cheia de detalhes significativos e contundentes.
A duração de cada movimento quase parece a de um pensamento, propósito ou reflexão.
A peça procura, por tanto, entretecer a ordem, o caos, a passividade e o eco da mente projetado no corpo cambiante.
Um “momentum” sobre o tao cheia e desbordada que está a mente humana e a necessidade de silêncio.
EM·NA aprofunda na nossa realidade animal, instintiva e intuitiva.
EM·NA fala do que o corpo entende. Auto-piratería.
Corpo sensível
Corpo casa
Corpo enigma
Corpo social
Corpo habitado
Criação e interpretação:
Esther Latorre e Hugo Pereira
Espaço sonoro:
BABYKATZE
Desenho de iluminação:
Pedro Fresneda
Técnico en gira:
Jaume Blai
Video:
Adrián González e Dani Rodríguez
Fotografia:
Carlota Mosquera
Suporte de gestão:
Manu Lago
Desenho de imagem:
Marcia Vázquez
Figurino:
Jandro Villa
Apoio a criação:
Agadic · Xacobeo 21 · Xunta de Galicia
Com o suporte de:
Teatro Ensalle
Galicia Danza Contemporánea
INAEM · Ministerio de Cultura · Gobierno de España
Colabora:
Escola Palimoco
É impossível acabar o Dia Mundial do Teatro de melhor forma que num teatro a ver dança. Mas esse teatro não é um qualquer, é o Ensalle de Vigo. Um espaço único, onde se exibem espetáculos, mas também os acolhe, dá-lhes refúgio e os ilumina. Essa dança não é uma dança qualquer, é o Colectivo Glovo de Lugo. Estrearam EM·NA em Vigo. Uma peça de um virtuosismo delicado e, ao mesmo tempo, poderoso. Intensidade contida. Ascetismo eletrizante. Esther Latorre e Hugo Pereira possuem um uníssono que é magia pura. É como a diferença se espelhasse na conjunção e o movimento, de essa maneira, multiplicada e espelhada, adquire uma vibração que nos toca e se apodera de nós. A luz de Pedro Fresneda, do Ensalle, é como uma aranha a tecer uma teia que se balanceia com o movimento, semelhante ao movimento da areia quando se move ao vento ou nas ondas de uma praia. A vibração explícita, localizada em diferentes partes dos corpos do duo, faz girar os olhares. O movimento acumula-se, contem-se, explode em diferentes intensidades e proporções, flui e regressa a nós, sem desfazer o sortilégio de EM·NA. Maravilha de peça! Qualidade máxima!
Afonso Becerra de Becerreá
Duração
60 minutos
Gira
Estrenado no Teatro Ensalle de Vigo os días 26, 27 e 28 de março de 2021
22 de maio 2021 Teatro Principal de Compostela
29 de outubro 2021 LED Lugo

EM·NA
